Tênis em Cadeira de Rodas: Superação, Técnica e Alto Nível de Competição

O tênis em cadeira de rodas é uma das modalidades paralímpicas que mais cresce no mundo — e não é difícil entender o porquê. Com partidas dinâmicas, muita técnica e atletas altamente preparados, o esporte vem ganhando cada vez mais visibilidade e respeito nas quadras do mundo inteiro.
O esporte começou a se desenvolver de forma mais estruturada a partir de 1980, quando a França foi pioneira na criação de um programa específico de tênis em cadeira de rodas na Europa. O tênis em cadeira de rodas fez sua estreia nos Jogos Paralímpicos como esporte de demonstração em Seul, na Coreia do Sul, em 1988. Quatro anos depois, em Barcelona 1992, passou a integrar oficialmente o programa paralímpico, com disputas valendo medalha nas categorias simples e duplas masculinas. Já as categorias quad – simples e duplas para atletas com comprometimento em três ou mais membros – foram incluídas pela primeira vez em Atenas 2004. Desde então, o esporte conta com seis provas medalhistas nas edições paralímpicas seguintes.
O Brasil passou a competir oficialmente em Jogos Paralímpicos em 1996, na edição de Atlanta (EUA), e desde então tem investido cada vez mais na formação e desenvolvimento de atletas na modalidade. Hoje, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) é a responsável por administrar o esporte no país, em parceria com a Federação Internacional de Tênis (ITF), entidade que rege a modalidade no cenário internacional.
Os primeiros grandes nomes nacionais começaram a surgir no início dos anos 2000. Maurício Pommê e Carlos Santos foram verdadeiros desbravadores, representando o país em um cenário onde a modalidade ainda engatinhava. Juntos, conquistaram o ouro no Parapan do Rio (2007), o bronze em Guadalajara (2011) e venceram a chave B do Mundial em 2006. Um legado que inspirou uma nova geração.
Como funciona o tênis em cadeira de rodas
De maneira geral, o tênis em cadeira de rodas segue quase todas as regras do tênis convencional. A quadra, as raquetes e as bolas são exatamente as mesmas. A principal diferença está na movimentação dos atletas e na chamada "regra dos dois quiques": nesse caso, a bola pode quicar até duas vezes antes de ser rebatida — sendo que o segundo quique pode, inclusive, ocorrer fora dos limites da quadra.
Outro aspecto importante são as cadeiras de rodas esportivas, especialmente desenvolvidas para a modalidade. Elas possuem estrutura leve, rodas com inclinação (grau de cambagem) para maior estabilidade e agilidade, além do sistema anti-tip — uma pequena roda traseira que impede que o atleta tombe para trás durante os movimentos mais bruscos. Todos esses elementos contribuem para que os jogadores se desloquem com precisão e segurança, mantendo a intensidade dos ralis e o dinamismo da partida.
Categorias e sistema de classificação
O tênis em cadeira de rodas é dividido em três categorias principais: masculino, feminino e por equipes, com disputas em jogos de simples e de duplas.
Já o sistema de classificação é determinado de acordo com o grau de comprometimento funcional do atleta. Há duas classes esportivas:
- Classe Open (Aberta): para atletas com deficiências permanente em uma ou ambas as pernas, mas com função normal dos braços.
- Classe Quad (ou Tetra): voltada para atletas com deficiência em três ou mais extremidades do corpo, incluindo limitações nos braços, o que exige ainda mais adaptação e técnica no jogo.
O único critério para participar da modalidade é ter sido diagnosticado com uma deficiência que comprometa significativamente a locomoção, impossibilitando a prática do tênis convencional em pé.
Principais torneios
O tênis em cadeira de rodas também está presente nos maiores torneios do mundo. Sim, os atletas dessa modalidade disputam os mesmos Grand Slams do circuito tradicional: Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open, sempre com partidas emocionantes e de altíssimo nível técnico.
Mais que esporte: um símbolo de superação
O tênis em cadeira de rodas vai além das quadras, é um exemplo de superação, resiliência e paixão pelo esporte. A cada ponto disputado, os atletas mostram que nenhuma limitação é maior do que a vontade de competir e vencer. É um esporte que merece ser conhecido, valorizado e celebrado — não só durante os Jogos Paralímpicos, mas durante o ano inteiro.
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